Notícias de imprensa

11-02-2006
Portugal tem advogados em excesso
 

O Bastonário da Ordem dos Advogados disse ontem na Figueira da Foz, depois da reunião do Conselho Geral da Ordem dos Advogados, «que Portugal tem advogados em excesso» devido à «proliferação dos cursos de Direito por todo o país»

 

 

Daniel Andrade, Rogério Alves e Nunes da Costa na reunião no auditório do Museu Municipal

 

Numa reunião à porta fechada, decorreu ontem numa das salas do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, o Conselho Geral da Ordem dos Advogados, presidida pelo bastonário Rogério Alves, para tratar de questões ligadas à advocacia em Portugal

Desde os últimos anos que estas reuniões têm acontecido um pouco por todo o país, «também para estreitar laços de partilha e amizade com colegas que por vezes só conhecemos pelo telefone», disse o bastonário já numa segunda reunião aberta a todos os "causídicos", realizada no auditório do Museu Municipal, onde deu conta das «preocupações da justiça» e sobretudo do crescimento de advogados. «Portugal tem advogados em excesso», afirmou, sublinhando que tal se deve à «proliferação dos cursos de Direito» por todo o país, em detrimento de outros cursos. Defendeu igualmente que é «preciso simplificar a justiça», nomeadamente na sua «forma e conteúdo».

Depois das reuniões teve lugar, no Grande Hotel Mercure, um jantar de homenagem a dois advogados figueirenses, Luís Melo Biscaia e José Dias Costa, ambos com mais de meio século ao serviço da advocacia, distinção esta que foi presidida também pelo bastonário da Ordem dos Advogados, a que se associaram largas dezenas de colegas de todo o país.

 

José Santos

Notícia publicada no dia 11/02/2006 no jornal "Diário de Coimbra"



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