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20-12-2006
DIVULGAÇÃO HOJE À TARDE
 

"A Função Social do Advogado" – Jornal de Negócios

 

"A Função Social do Advogado: Imagem dos Advogados na perspectiva dos cidadãos" é lançado esta tarde. A obra foi coordenada por Maria Odília Teixeira, docente e investigadora da Faculdade de Psicologia e Ciências da Comunicação, Universidade de Lisboa. A edição é do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados.

 

Cidadãos confiam nos advogados mas só depois de os consultarem – Jornal de Negócios

 

Vamos a contas. Os cidadãos têm ou não má imagem dos advogados? Tem. Porquê? Em parte por contágio da má imagem do próprio sistema de Justiça. Mas também porque os próprios advogados se resignam ante essa percepção: a de que são mal vistos. Porque tudo muda quando esses cidadãos se tomam clientes: após a

experiência directa com advogados, a opinião é outra - e favorável à advocacia. Só que 46% dos cidadãos nunca consultou um advogado.

Estas são algumas das conclusões e interpretações do estudo "A Função Social do Advogado: A Imagem dos Advogados na perspectiva dos cidadãos", coordenado por Maria Odília Teixeira, e que será apresentado esta tarde. Encomendado pelo Conselho Distrital de Lisboa, o trabalho partiu de um questionário a uma amostra de 1.239 pessoas, da Grande Lisboa.

Rogério Alves, bastonário da Ordem dos Advogados, defende que o estudo ajuda a repor a verdade sobre a advocacia, combatendo os mitos que a denigrem. "Uma das actividades mais visadas pela inclemência dos mitos, é, precisamente, o exercido da advocacia", escreve no estudo, a que LEX já teve acesso.

Segundo o estudo, os serviços de advocacia "foram mais solicitados pêlos homens, com idade superior a 30 anos, trabalhadores por conta própria e com profissões do grupo de dirigentes e quadros superiores." A escolha dos clientes prefere a opção pelo exercício profissional em prática individual e as sociedades de advogados são predominantemente conhecidas e procuradas na cidade de Lisboa.

Cerca de 80% daqueles que já consultaram um advogado aconselhá-lo-iam a um amigo. Quase outro tanto, 72%, consultou advogados em prática individual, 22% sociedades e 2% recorreu a ambos. Os níveis de satisfação variam, consoante se tratou de advocacia preventiva e patrocínio forense.

Nos Clientes de consulta de cariz preventivo, 88% avalia o serviço solicitado como eficaz; 64% considera os honorários justos; em cerca de 55% o resultado das decisões foi de acordo com os interesses próprios; e 30% considera que, na maioria das vezes, a resolução seguiu igual tendência.

Já nos serviços do patrocínio forense, prossegue o estudo, os serviços foram eficazes ou muito eficazes para 80% dos clientes; os honorários foram justos para 59% dos clientes; metade dos clientes considerou o resultado das decisões de acordo com os interesses próprios; e na maioria das vezes a resolução teve igual tendência para 35%.

Para António Raposo Subtil, presidente do Conselho Distrital de Lisboa, "a imagem pública dos advogados tem sido muito afectada com a relação que se estabelece entre o funcionamento dos tribunais e a prática da advocacia, que, em especial na vertente do patrocínio forense, é moldada negativamente pelas elevadas pendências judiciais e pelo insuficiente acesso ao direito por parte dos mais desfavorecidos." Além disso, completa, "os advogados, na sua grande maioria, não acreditam que os cidadãos tenham deles uma imagem positiva; o que agrava o problema!"

 

As pessoas inquiridas consideram satisfatórios ou muito satisfatórios os resultados da actividade do seu advogado. Isto apesar das duríssimas circunstâncias em que exercemos a nossa profissão.

Todos as conhecemos e sobre elas falamos. O estudo ajuda a repor a verdade. Rogério Alves

 

A imagem publica dos Advogados tem sido muito afectada com a relação que se estabelece entre o funcionamento dos Tribunais e a prática da Advocacia (...). Os Advogados, na sua maioria, não acreditam que os cidadãos tenham deles uma imagem positiva; o que agrava O problema! António Raposo Subtil

 

Permito-me visionar o futuro em três escalões heterogeneamente diferentes (...): os proletários advogados, os médios e grandes escritórios de advogados (...) e, por fim, a grande empresa – escritório de advocacia (mais empresa que escritório?). Noronha do Nascimento



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