III Concerto dos Advogados - Canções Urbanas

Perante um S. Luiz bastante completo e um palco extraordinariamente bem decorado Gisela João, Helder Moutinhho e JP Simões interpretaram "Canções Urbanas.

Mal a cortina abriu pudemos ouvir Helder Moutinho, que foi o primeiro a dar as honras aos presentes. Sentados os três à volta de uma mesa cada um com o seu copo, de vinho para Helder e JP, água para Gisela, naquilo que mais parecia um encontro entre amigos num qualquer lugar a beber um copo de vinho e a cantar cada um na sua vez, como se naquela sala estivessem apenas os três a confraternizar e a fazer aquilo que mais gostam: cantar.

Gisela João, a cantora nortenha, foi extremamente simpática e sorridente durante todo o concerto, Helder Moutinho sempre à vontade e JP Simões divertido, sempre com piadas hilariantes que fizerem o público soltar muitas gargalhadas.

Todos se afastaram da zona de conforto e cantaram temas de grandes autores nacionais e internacionais. As performances de “The Man I Love” e “Natural Boy” em versões mais jazz ou blues. JP Simões cantou vários fados americanos, como disse em jeito de brincadeira, quando cantou “Moonlight Serenade” de Glen Miller. Helder Moutinho foi mais longe e cantou em crioulo.
Gisela estava tão à vontade que lhe saiu um “É fácil o carago!” quando Moutinho lhe disse que a canção que ela iria cantar era fácil. Muito bem acompanhados pelos músicos Ricardo Parreira na guitarra portuguesa, Pedro Soares na viola de fado, Tomás Pimentel no piano, Gabriel Godoi na guitarra e Norton Daiello no baixo.

Passaram em revista muitos estilos musicais e cantores como Nat King Cole, Trovante, Frank Sinatra, Carlos do Carmo, David Bowie, Amália, Tom Waits, bossa nova, jazz, fado, canção clássica… com direito a dueto entre JP e Gisela.

Perto do fim, Helder disse que “a razão que se admiram muito” e que admiram o trabalho uns dos outros. Num serão agradável e diferente em que os três puderam estar e apresentar ao público os seus gostos musicais e mostrar que há mais talentos em cada um deles que a maioria desconhece.

Marco Pereira/AMT

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